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Mais de 10 milhões de brasileiros sofrem com doença renal crônica, que pode estar associada a outras patologias

No Dia Mundial do Rim (9/3), especialistas da Dasa chamam atenção para prevenção e cuidados com as doenças renais, sobretudo a crônica, que pode ser fatal quando não é tratada adequadamente

A crescente incidência de doenças renais no mundo tem despertado preocupação porque, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de mortalidade por doença renal crônica (DRC) tem aumentado a cada ano devido, em parte, ao desconhecimento da população. Conforme o Ministério da Saúde, estima-se que mais de 10 milhões de brasileiros sofrem com DRC. Outros tipos de doenças renais são as agudas, cujo tratamento e cura são mais simples, tais como cálculo renal, pielonefrite e nefrite, estas últimas causadas por bactérias.

O Dr. Pedro Mendes, nefrologista do Hospital Brasília – pertencente à Dasa, maior rede de saúde integrada do país – esclarece que a DRC ocorre quando os rins estão há mais de 90 dias com algum comprometimento de suas funções. Esse comprometimento pode ser avaliado por meio do exame laboratorial de dosagem de creatinina ou exames de imagem, como tomografia e ressonância magnética, todos disponíveis no Exame Medicina Diagnóstica, que também pertence à Dasa. O especialista ressalta que doenças como o diabetes, hipertensão e obesidade prejudicam o funcionamento dos rins, podendo ocasionar uma DRC.

“A principal recomendação para prevenir doença renal crônica é a realização de exames, sobretudo para quem tem doenças associadas, como diabetes e hipertensão, quem possui histórico familiar dessa enfermidade ou ainda quem tem diagnóstico de alteração renal”, indica o Dr. Mendes. “Outras formas de prevenção são praticar atividade física, evitar o excesso de peso, evitar o consumo de alimentos ricos em sódio e não exagerar no uso de remédios anti-inflamatórios”, completa o nefrologista.

De acordo com o Dr. Marcos Madureira, radiologista do Exame Medicina Diagnóstica, exames de imagem são essenciais no auxílio do diagnóstico de doenças renais, tanto as agudas quanto a crônica. “A ultrassonografia para avaliação dos rins geralmente é o primeiro exame de imagem realizado. Esse exame é capaz de mostrar várias alterações renais, incluindo sinais das doenças crônicas, por meio da avaliação da anatomia dos rins”, informa o radiologista. “Outros métodos de exames mais apurados são a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, determinantes na avaliação de alterações que impactam diretamente na função renal”, acrescenta o Dr. Madureira.

Muitas vezes, conforme o Dr. Mendes, a DRC não manifesta sintomas até ocorrer um comprometimento grave dos rins. “É importante estar atento a alguns sinais de problemas renais, como o aumento do volume e alteração da cor da urina, dificuldade de concentração, fadiga, incômodo ao urinar, presença de sangue e espuma na urina, dor lombar e inchaço nos olhos, tornozelos e pés”, descreve o nefrologista.

Em se tratando de DRC, o especialista explica que o tratamento é determinado pelo estágio da enfermidade. “Na fase inicial, recomendamos o controle da pressão e do diabetes com medicamentos que previnem os impactos nos rins, assim como mudanças nos hábitos de vida. Já nos casos mais avançados, recomenda-se diálise e transplante renal, o que será definido pela equipe médica”, diz o nefrologista.