Cadeias de suprimentos de perecíveis adotam sistemas inteligentes de refrigeração e rastreabilidade térmica para garantir segurança alimentar e eficiência energética

O aumento das temperaturas e a pressão por eficiência nas cadeias de abastecimento têm acelerado a transformação tecnológica da logística do frio no Brasil. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), cerca de 14% dos alimentos produzidos no mundo se perdem entre a colheita e a venda, sendo a variação térmica um dos principais fatores. No país, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que aproximadamente 30% das frutas e hortaliças se deterioram antes de chegar ao consumidor final.
Empresas de transporte e distribuição vêm adotando sistemas automatizados de refrigeração, sensores conectados e softwares de rastreamento térmico capazes de monitorar a temperatura em tempo real ao longo de todo o percurso. “O controle contínuo evita oscilações bruscas que comprometem a integridade das cargas. Hoje, a tecnologia permite agir antes que a perda aconteça”, explica Patrick Galletti, engenheiro mecatrônico e CEO do Grupo RETEC, referência em climatização e refrigeração há mais de quatro décadas.
Esses dispositivos enviam alertas automáticos sempre que há desvios de temperatura, permitindo ajustes imediatos em câmaras frias, caminhões e centros de distribuição. O monitoramento constante também gera relatórios detalhados, cada vez mais exigidos em contratos de exportação de carnes, laticínios e medicamentos, setores nos quais a rastreabilidade térmica é obrigatória.
Eficiência energética e sustentabilidade
De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), o resfriamento de ambientes representa cerca de 2,7% das emissões globais de dióxido de carbono relacionadas à energia. A modernização da infraestrutura logística busca reduzir esse impacto por meio de fluidos refrigerantes ecológicos, reaproveitamento de energia e equipamentos com tecnologia inverter, que consomem entre 20% e 30% menos eletricidade. “Além de preservar alimentos, o desafio é operar de forma sustentável, equilibrando eficiência e responsabilidade ambiental”, afirma Galletti.
No Brasil, redes de distribuição e cooperativas agrícolas já adotam sistemas com controle independente de zonas, capazes de ajustar automaticamente a temperatura conforme o tipo de carga e a ocupação do compartimento. Estudos técnicos indicam que o uso de automação e sensores inteligentes pode reduzir o gasto energético em até 30% em armazéns frigoríficos e centros logísticos.
Para garantir conformidade sanitária, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) exige que o transporte de perecíveis mantenha registros de temperatura e umidade durante toda a cadeia. “O uso de tecnologia é essencial para atender às normas e evitar prejuízos. Um lote perdido por falha de refrigeração representa não só perdas econômicas, mas risco à saúde do consumidor”, reforça o engenheiro.
Entre as boas práticas recomendadas estão o uso de embalagens térmicas adequadas, a manutenção preventiva dos equipamentos e a capacitação das equipes responsáveis pela carga e descarga. Essa combinação assegura estabilidade térmica e amplia a durabilidade dos alimentos.
A digitalização do setor também impulsiona startups que desenvolvem soluções de rastreamento por GPS, análise preditiva e blockchain voltadas à transparência e à segurança alimentar. “A integração entre automação, sensores e análise de dados define a nova era da cadeia de frio. O futuro da conservação de alimentos será conectado, eficiente e sustentável”, conclui Galletti.
Sobre o Grupo RETEC
O Grupo RETEC é uma empresa que atua há mais de 40 anos no mercado de climatização, fornecendo soluções para indústrias, hospitais, clínicas e comércios. O portfólio inclui desde equipamentos complexos, como torres de resfriamento e chillers, até componentes e acessórios para instalação. A companhia atua como representante e distribuidora de grandes marcas do mercado de HVAC-R e oferece serviços de consultoria em climatização, com expertise em projetos e obras de sucesso.
Para mais informações, acesse o site oficial e o Instagram do Grupo RETEC.
Sobre Patrick Galletti
Patrick Galletti é engenheiro mecatrônico, pós-graduando em Engenharia de Climatização — com conclusão prevista nos próximos meses — e também cursa pós-graduação em Qualidade do Ar. É especialista em Impacto do Clima na Saúde das Pessoas pela Universidade de Harvard, formação que reforça sua atuação voltada à eficiência energética e ao bem-estar ambiental.
Com mais de 10 anos de experiência no setor de AVAC-R (aquecimento, ventilação, ar-condicionado e refrigeração), Galletti acumula trajetória consolidada na engenharia de orçamento e no gerenciamento de riscos de obras onshore e offshore em uma das maiores empresas de engenharia do Brasil. Atualmente, é CEO do Grupo RETEC, empresa com mais de 43 anos de mercado e referência nacional em soluções integradas de climatização sustentável e qualidade do ar.
Para mais informações, visite o Instagram de Patrick Galletti.
