Cirurgião gastrointestinal explica quando o procedimento é indicado e quais são os avanços que têm aumentado a segurança das cirurgias hepáticas

A hepatectomia, nome dado à cirurgia para retirada de parte do fígado, é um procedimento cada vez mais comum nos grandes centros hospitalares, especialmente em casos de tumores benignos e malignos, metástases e algumas doenças hepáticas graves. Embora o nome possa assustar à primeira vista, o avanço das técnicas cirúrgicas e o melhor preparo dos pacientes têm tornado o tratamento mais seguro e eficaz.
Segundo o Ministério da Saúde, o câncer de fígado está entre os dez mais incidentes no Brasil, com mais de 11 mil novos casos por ano, de acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA). “Muitos desses pacientes acabam sendo candidatos à cirurgia, seja para a retirada do tumor primário, seja para metástases hepáticas, especialmente aquelas originadas no intestino”, explica o Dr. Lucas Nacif, cirurgião do aparelho digestivo e responsável técnico de transplante de fígado.
O que é e quando ela é indicada
A hepatectomia consiste na retirada de uma parte do fígado comprometida por alguma doença. O procedimento pode ser parcial ou total, dependendo da extensão da área afetada. Na hepatectomia parcial, o cirurgião remove apenas o segmento do fígado comprometido, preservando o restante saudável do órgão. Já na hepatectomia total, é necessária a retirada completa do fígado, sendo o transplante hepático a única opção para substituição do órgão. “A escolha da técnica depende da localização, do tamanho e da gravidade da lesão”, explica o especialista.
“O fígado tem uma capacidade de regeneração impressionante. Em algumas semanas, o órgão pode recuperar até 70% do seu volume, o que torna a cirurgia viável e segura em muitos casos”, complementa o Dr. Nacif.
Localizado na parte superior direita do abdômen, o fígado é o maior órgão interno do nosso corpo. Ele metaboliza substâncias nocivas, produz bile para a digestão, transforma nutrientes e fabrica proteínas essenciais para a coagulação do sangue, são mais de 500 funções vitais.
O procedimento cirúrgico é indicado principalmente em casos de:
- Tumores hepáticos primários (como o hepatocarcinoma);
- Metástases no fígado, geralmente vindas do intestino;
- Cistos e abscessos hepáticos complexos;
- Doenças hepáticas localizadas que comprometem apenas uma parte do órgão;
- Acidentes graves que causam lesões irreparáveis em partes do fígado.
Técnicas cada vez mais seguras
Nos últimos anos, os avanços tecnológicos e a cirurgia minimamente invasiva têm transformado o cenário. “Hoje, realizamos hepatectomias com auxílio de laparoscopia e robótica, que reduzem o tempo de internação, a dor no pós-operatório e o risco de complicações”, destaca.
Após a cirurgia, o paciente passa por acompanhamento intensivo nas primeiras 24 a 48 horas, com controle rigoroso da função hepática e da coagulação. A recuperação total pode levar de algumas semanas a poucos meses, dependendo da extensão da cirurgia e das condições gerais do paciente.
“Cada caso é único. No entanto, com diagnóstico precoce e avaliação adequada, muitos pacientes conseguem ter excelente recuperação e qualidade de vida após a hepatectomia”, finaliza o Dr. Lucas Nacif.
Saiba mais sobre o Dr. Lucas Nacif: Médico gastroenterologista com especialidade em cirurgia geral e do aparelho digestivo. Lucas Nacif é reconhecido por sua expertise em cirurgias hepato bilio pancreáticas e transplante de fígado, utilizando técnicas avançadas minimamente invasivas por laparoscopia e robótica. O especialista é membro da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) e está disponível para abordar temas relacionados ao aparelho digestivo, desde doenças, como gordura no fígado; câncer colorretal; doenças inflamatórias intestinais; pancreatite até cirurgias e transplantes em geral. Link e www.instagram.com/dr.
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